sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fórum Econômico Mundial chama atenção para vida extraterrestre


Estudo encomendado pelo encontro de Davos lista entre os fatores de risco não totalmente detectados a existência de vida fora da Terra

Um assunto geralmente confinado a grupos de curiosos e cercado de ceticismo ganhou vitrina de alta exposição e público de enorme influência: a vida extraterrestre. Um relatório divulgado na manhã desta quarta-feira pela organização do Fórum Econômico Mundial, que se realizada de 23 a 27 de janeiro em Davos, na Suíça, coloca em discussão o que chama de "Fatores X" — riscos que podem surpreender, até por passar ao largo das preocupações mais comuns. Muitos desses aspectos, conforme o texto do editor-chefe da revista científica Nature, Tim Appenzeller, colaborador do fórum na análise dos riscos globais de 2013, são consequências dos desafios científicos e tecnológicos.
Depois de se referir a riscos que estão mais ou menos mapeados nas projeções econômicas, como mudança climática fora de controle e custos da longevidade, Appenzeller aponta o tema que deve provocar arrepios entre os participantes do fórum — e não por conta do frio que faz nesta época na estação suíça de esqui de Davos: a descoberta de vida extraterrestre. Conforme o autor, considerado o ritmo da exploração espacial, seria "crescemente concebível" a decoberta de vida alienígena ou outros planetas que permitam a vida humana.
Depois de lembrar que apenas em 1995 — há menos de 20 anos — foram descobertas as primeiras evidências de outras estrelas com planetas em sua órbita, Appenzeller afirma que milhares de "explanets" orbitando em torno de estrelas distantes foram detectados. A missão Kepler da Nasa, a agência espacial norte-americana, localizou a chamada "zona Goldilocks" — nem tão quente, nem tão fria — com estrelas semelhantes ao Sol depois de apenas três anos de operações, pondera o autor. Esses milhares de planetas, afirma, seriam candidatos a ter vida ou até a ser uma opção para os humanos fora da Terra. "Num prazo de 10 anos, nós podemos ter evidências não apenas de que a Terra não é única mas que a vida existe em outros locais do Universo".
Caso os astrônomos que estudam os exoplanetas descubram sinais químicos da existência de vida — como a presença de oxigênio —, recursos começariam a migrar para novos telescópios que estudem em detalhe esses novos mundos, sustenta o analista. Novos sistemas de financiamento e novos esforços intelectuais podem ser atraídos para os desafios de voos espaciais tripulados e de tecnologias necessárias para a humanidade, para permitir a sobrevivência na viagem interestelar.
ZERO HORA

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