Os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) apresentaram hoje os primeiros resultados das pesquisas com oEspectrômetro Magnético Alfa (AMS, na sigla em inglês), que está no espaço há dois anos. Os resultados apontam para a existência de um novo fenômeno na física que poderia ser classificado como a matéria desconhecida.
O Nobel de física Samuel Ting, que lidera a equipe do laboratório europeu localizado nas proximidades de Genebra, na Suíça, disse que espera uma resposta mais conclusiva nos próximos meses. O anúncio se baseia na descoberta de um excesso de pósitrons - partículas subatômicas com carga positiva, equivalentes ao elétron da matéria escura. Cerca de 400 mil pósitrons foram encontrados pelo AMS.
Matéria escura
A matéria escura não emite luz e não pode ser detectada por telescópios - é uma matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela força gravitacional que exerce. Especialistas sugerem que ela é formada por partícula massivas que interagem fracamente (WIMPs, na sigla em inglês) - que praticamente nunca interagem com partículas normais de matéria. Acredita-se que essa substância constitui mais de 80% de toda a matéria do universo.
A matéria escura não emite luz e não pode ser detectada por telescópios - é uma matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela força gravitacional que exerce. Especialistas sugerem que ela é formada por partícula massivas que interagem fracamente (WIMPs, na sigla em inglês) - que praticamente nunca interagem com partículas normais de matéria. Acredita-se que essa substância constitui mais de 80% de toda a matéria do universo.
O excesso de pósitrons tem sido observado por mais de 20 anos, e sempre despertou interesse da comunidade científica. O AMS é o primeiro experimento a provar em detalhes a natureza desse excesso e classificá-lo como antimatéria, informou o físico Samuel Ting ao apresentar os resultados da descoberta.
Os cientistas afirmam que observaram muitos novos fenômenos nesse espectro de pósitrons. Em breve, garantem, a origem desse excesso será compreendida. A matéria escura é uma parte integrante das teorias que explicam como é que as galáxias se formam e evoluem.
Espectrômetro Magnético Alfa
O Espectrômetro Magnético Alfa permanecerá no espaço por duas décadas. Esse módulo chegou à ISS em 2011 como parte da última missão do ônibus espacial Endeavour. O espectrômetro mede partículas de raios cómicos no espaço em busca de pistas sobre a matéria escura e a antimatéria. Depois de detectar bilhões dessas partículas ao longo de um ano e meio, o experimento registrou um sinal que pode ser o resultado da matéria escura.
O Espectrômetro Magnético Alfa permanecerá no espaço por duas décadas. Esse módulo chegou à ISS em 2011 como parte da última missão do ônibus espacial Endeavour. O espectrômetro mede partículas de raios cómicos no espaço em busca de pistas sobre a matéria escura e a antimatéria. Depois de detectar bilhões dessas partículas ao longo de um ano e meio, o experimento registrou um sinal que pode ser o resultado da matéria escura.
O experimento foi realizado no espaço depois que todas as tentativas de detecção de matéria escura em laboratórios na Terra falharam. Desde maio de 2011, o detector do espectrômetro já mediu 6,8 milhões de pósitrons e elétrons.
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