quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Pedra Misteriosa de Winnipesaukee

Lago de Winnipesaukee


Uma pedra misteriosafoi encontrada por trabalhadores, em 1872, nos arredores do lago de Winnipesaukee, em New Hampshire.


É uma pedra escura, esculpida em forma de ovo, com cerca de 4 polegadas de comprimento e 2 1/2 polegadas de espessura, tendo gravados em sua superfície uma variedade de símbolos. .

Nas extremidades tem dois furos tão perfeitos que só poderiam ter sido efetuados por maquinas construídas após o século XVIII.

A origem e finalidade do artefato ainda são desconhecidas - não há outros objetos conhecidos similares ou com mesmo desenho.

terça-feira, 27 de julho de 2010

'Agroglifos' japoneses

No Japão, “agroglifos” na cultura de arroz, feitos pelos próprios agricultores.Tudo começa assim: com um monte de gente plantando ao mesmo tempo






Por volta do mês de setembro, a plantação está 100% pronta e, com isso, o(s) desenho(s) fica(m) perfeito(s):



São diferentes tipos de arroz que dão as tonalidades peculiares

Fonte: R7 Notícias, link: http://noticias.r7.com/esquisitices/fotos/japoneses-piram-em-plantacoes-de-arroz-20100409.html

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Telescópio acha 140 planetas que podem ter vida


Cientistas anunciaram a descoberta de 140 novos planetas parecidos com a Terra encontrados nas últimas semanas. Com os novos dados, os cientistas acreditam que existam cerca de 100 milhões de planetas parecidos com o nosso e que possam abrigar vida apenas na Via Láctea. As informações são do Daily Mail.

Os achados foram feitos pelo telescópio espacial Kepler, que procura novos planetas desde que foi lançado, em janeiro de 2009. Segundo o astrônomo Dimitar Sasselov, os planetas têm tamanho parecido com o da Terra. O cientista descreveu a descoberta como a "realização do sonho de Copérnico", em referência ao pai da astronomia moderna.

Novos planetas fora do sistema solar são descobertos quando eles passam em frente a sua estrela. O telescópio não capta uma imagem direta, mas registra a minúscula diminuição do brilho do astro quando o planeta passa em frente. Essa passagem causa "piscadas" na luz. Pelo cálculo da diminuição de brilho, do tempo entre as "piscadas" e da massa da estrela, os astrônomos conseguem descobrir o tamanho do planeta.

O Kepler continuará pesquisando o céu dia e noite, sem interrupção, pelos próximos quatro anos, segundo o cientista. Sasselov afirma que nos últimos 15 anos cerca de 500 exoplanetas foram descobertos, mas nenhum foi considerado parecido com a Terra, ou seja, com a possibilidade de abrigar vida.

"Vida é um sistema químico que realmente necessita de um planeta pequeno, água e pedras e uma grande quantidade de complexos químicos para surgir e sobreviver. (...) Tem um monte de trabalho para fazermos com isso, mas os resultados estatísticos são claros e planetas como a nossa Terra estão lá fora. (...)

Nossa própria Via Láctea é rica nesse tipo de planetas", disse o astrônomo durante a apresentação dos resultados do Kepler na conferência TEDGlobal, em Oxford, no Reino Unido.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Astrônomos encontram a estrela de maior massa conhecida


A estrela, batizada de RMC 136a1, faz parte do agrupamento de estrelas jovens RMC 136aFoto: ESO/Divulgação

Astrônomos britânicos descobriram o que se acredita ser a maior estrela do universo, cuja massa atual é 265 vezes maior do que o sol e a luminosidade cerca de 10 milhões de vezes mais intensa.
Usando o Telescópio Extremamente Grande, no Chile, da Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) - que reúne 14 países - e informações de arquivo capturadas pelo telescópio espacial Hubble, da agência americana (Nasa), a equipe liderada pelo astrofísico Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, calculou que a massa da estrela gigante teria sido 320 vezes maior que a do sol no momento de sua formação, ou seja, pelo menos o dobro da massa da maior estrela já encontrada.
A estrela, batizada de RMC 136a1, faz parte do agrupamento de estrelas jovens RMC 136a. Os astrônomos também encontraram outras estrelas imensas no agrupamento NGC 3603. Ambos agrupamentos estelares foram apelidados de "fábricas de estrelas", já que novos astros se formam constantemente a partir da extensa nuvem de gás e poeira das nebulosas.
O NGC 3603 fica a 22 mil anos-luz do sol, na Nebulosa da Tarântula, e o RMC 136a fica em uma galáxia vizinha à nossa, a 165 mil anos-luz de distância, a Grande Nuvem de Magalhães.
Segundo o artigo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a expectativa é de que estrelas colossais como as encontradas existam apenas durante alguns milhões anos, antes de explodirem. A existência de estrelas como essas, afirmam astrônomos, era mais comum no início do universo.
PlanetasAinda segundo os cientistas, é pouco provável que alguma dessas estrelas venha a ter planetas orbitando a seu redor, já que demoram mais tempo para serem formados que a "curta" vida das estrelas.
Muitas das estrelas observadas têm temperatura superior a 40 mil graus centígrados - mais de sete vezes superior à temperatura do sol - além de serem dezenas de vezes maiores e milhões de vezes mais brilhantes que o astro.
"Ao contrário dos humanos, essas estrelas nascem pesadas e vão perdendo peso ao envelhecer", disse Crowther.
"Com um pouco mais de um milhão de anos, a estrela mais extrema, a RMC 136a1 já está na 'meia idade' e passou por um programa intenso de 'emagrecimento', perdendo mais de um quinto de sua massa inicial neste período, ou mais de 50 massas solares."
Se a RMC 136a1 substituísse o sol em nosso Sistema Solar, "a sua grande massa reduziria a duração de um ano na Terra para apenas três semanas e banharia o planeta em uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, tornando a vida impossível em sua superfíce", afirma Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, integrante da equipe.
Estrelas como essas são extremamente raras e se formam apenas nos agrupamentos estelares mais densos. Se houvesse algum planeta dentro do agrupamento RMC 136, o céu nunca escureceria, já que a densidade de estrelas na região é 100 mil vezes maior do que em torno do sol e muitas delas são extremamente brilhantes.
A descoberta ainda confirmou a hipótese anterior dos astrônomos, de que há um tamanho máximo para estrelas, e a RMC 136a1 levou os cientistas a estenderem este limite.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4577246-EI301,00-Astronomos+encontram+a+estrela+de+maior+massa+conhecida.html

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Observatório do Vaticano: ETs não contradizem religião



Funes afirma que o Vaticano, nem mesmo o Papa, interfere nas linhas de pesquisa do observatórioFoto: Divulgação

O padre José G. Funes, diretor do Observatório do Vaticano desde 2006 e estudioso de astronomia extragaláctica, afirma em entrevista à revista New Scientist que não existe um conflito real entre ciência e fé e que as descobertas científicas não são um problema para a teologia católica, porque "no fim nós vamos encontrar uma explicação, talvez não nesta vida, mas na próxima vida".

Funes ainda diz que o Vaticano não interfere nas pesquisas dos cientistas, que pode pesquisar qualquer tema, e que até a descoberta de vida extraterrestre não seria um problema para a religião.

"Eu não vejo nenhuma séria dificuldade para a teologia católica se - "SE" com letras maiúsculas - nós encontrarmos vida em algum lugar do universo", se limitou a dizer o cientista. Funes diz à revista que a Igreja não afeta na pesquisa do observatório. "Eu tive uma audiência privada com o papa Bento XVI em 2008 e ele nunca disse 'você tem que estudar isso ou aquilo'.

Nós temos completa liberdade para pesquisar, e tópicos que estudamos são tópicos nos quais os astrônomos estão interessados: ciência planetária, agrupamentos de galáxias, cosmologia e o Big Bang. Eu estudo galáxias próximas. Um jesuíta que se unirá a nós em setembro estudará planetas extrassolares. "

O diretor diz ainda que ciência e religião não podem interferir uma no mundo da outra. "O problema é quando a religião entre no mundo da ciência, o método científico. (...) Por outro lado, é um perigo quando cientistas usam ciência fora do método científico, para fazer afirmações filosóficas e religiosas - usando ciência para uma finalidade para a qual a ciência não foi feita.

Então, por exemplo, você não pode usar ciência para negar a existência de Deus. Você pode acreditar em que você quiser, mas não pode usar ciência para provar que Deus não existe."

Questionado se o trabalho de alguma maneira afeta as suas crenças religiosas, Funes diz que, ao contrário, ela ajuda. "Eu posso dizer que meu trabalho como cientistas me ajuda a ser uma pessoa religiosa, um padre."

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4565530-EI301,00-Observatorio+do+Vaticano+ETs+nao+contradizem+religiao.html

CONTATOS IMEDIATOS COM NOSSOS ÍNDIOS ?


Um fato interessante e revelador aconteceu em 1969, quando a equipe do jornalista e indigenista João Américo Peret pacificou grupos de índios Suyá (também chamados Beiços de Pau) da região de Mato Grosso. Levaram dois jovens daquela tribo ao Rio de Janeiro, chamados Kairá e Tariri. Quando assistiram juntos na televisão os americanos liderados por Armstrong pisarem na Lua com trajes espaciais, Tariri apontou assustado para o astronauta e disse: “Bep-kororoti! ”.
Os Kayapós (também chamados Men-bengôkré) têm um interessante ritual praticado em memória a um personagem mítico chamado de Bep-kororoti. Este ser, seria um extraterrestre herói e civilizador que teria chegado à região numa estrela ou canoa voadora. Contam os índios que Bep-kororoti pousou na cachoeira Tipôtikré, especificamente numa montanha situada entre afluentes do rio Xingu no sul do Pará. Teria vivido e miscigenado com ancestrais Kayapó e quando retornou ao Cosmos levou a mulher e o filho, mas deixou a filha casada e grávida. A incrível história assume veracidade porque é ensinada na Casa dos Homens ou Escola Tribal, chamada de eng-ób.
Torna-se realista porque seus personagens se vestem com indumentárias apropriadas, compostas de macacões e capacetes de palha -muito parecidos com nossos astronautas-e por usarem espingardas como representação do chamado kóp – uma arma desintegradora portada pelo referido ser quando veio dos céus.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eclipse solar escurece a Ilha de Páscoa


Centenas de cientistas - conhecidos como caçadores de eclipses - além de turistas e moradores locais, posicionados nas praias desta ilha, localizada a 3.500 km do continente sul-americano, observaram atônitos o fenômeno entre gritos de alegria e aplausos, comentou à AFP o funcionário municipal Francisco Haoa.
"É como se estivesse no estádio à noite, com a luz artificial. Parecia que tinha entrado em um quarto escuro com uma luz de 10 watts", disse Haoa, administrador da Corporação Cultural do Município de Ilha de Páscoa.
"Primeiro começou com sombra, e o céu estava espetacular porque estava limpo e azul, com muito vento, que afastou as nuvens", disse Haoa.
"Todos aplaudiam. Inclusive foi visto um objeto luminoso próximo ao local e as pessoas começaram a dizer que, com certeza, tratava-se de um OVNI", acrescentou, emocionado, o funcionário.
"O eclipse manteve as pessoas em expectativa - olhavam para o céu com câmeras e binóculos especiais, com filtros especiais", acrescentou.
"Muitos estavam felizes porque na China (onde ocorreu o eclipse solar há dois anos) o mau tempo prejudicou a visibilidade e, aqui, puderam vê-lo por completo", concluiu.
No Taiti, local onde há muitos fãs de futebol, muitos deixaram de lado a televisão, onde viam a final da Copa do Mundo disputada entre Espanha e Holanda, para sair às ruas e observar o fenômeno.
Foto: AFP: Eclipse solar escurece a Ilha de Páscoa. Foto:Martin Bernetti/AFP

sábado, 10 de julho de 2010

Descoberto novo tipo de lua em meio aos anéis de Saturno


Close dos anéis mostra uma das "hélices" que indicam a presença de pequena lua. Divulgação/Nasa

Cientistas descobriram uma nova classe de luas no interior dos anéis de Saturno, que criam marcas semelhantes a hélices no material do anel. Esta é a primeira vez em que cientistas são capazes de rastrear o movimento de um objeto individual no interior de um disco de destroços.

A descoberta dá ainda aos pesquisadores, de acordo com nota da Nasa, a capacidade de "voltar no tempo" para uma época em que o Sistema Solar estava em seus primórdios.

"Observar o movimento de material incrustado no disco oferece a rara oportunidade de avaliar como os planetas cresceram em, e interagiram com, o disco de material que cercava o Sol primitivo", disse a pesquisadora Carolyn Porco, da sonda Cassini, e uma das autoras do artigo que descreve a descoberta. O trabalho está publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Os cientistas que trabalham com os dados da Cassini descobriram as "hélices" em 2006, numa área agora conhecida como "cinturão das hélices", no meio do anel mais externo de Saturno, o anel A.

Esses espaços eram criados por uma nova categoria de luas - menores que os satélites conhecidos, mas maiores que a média das partículas genéricas dos anéis. Essas pequenas luas, que podem ser milhões, não são grandes o bastante para criar lacunas em toda a circunferência dos anéis, como fazem as luas "pastoras" Dafne e Pã.

As "hélices" criadas pelas luas têm até milhares de quilômetros de comprimento e alguns poucos quilômetros de largura. As luas responsáveis aparentemente conseguem expelir material até 500 metros acima e abaixo do plano dos anéis, que tem uma espessura média de 10 metros.

A sonda Cassini está longe demais para observar diretamente as luas, mas os cientistas estimam que elas tenham cerca de 1 km de diâmetro.
O principal autor do estudo, Matthew Tiscareno, e colegas acreditam que haja dezenas dessas hélices, e 11 delas foram fotografadas diversas vezes entre 2005 e 2009. Uma delas, apelidada de "Bleriot", em homenagem ao aviador francês Louis Bleriot, apareceu em mais de 100 fotografias.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,descoberto-novo-tipo-de-lua-em-meio-aos-aneis-de-saturno,578471,0.htm

Foto incrível: onde está Plutão?


Apesar de não ser mais considerado um planeta e sim um planeta anão, Plutão ainda tem muitos astrônomos em seu encalço. Nessa época é muito difícil avistá-lo, já que ele está passando pelo campo de estrelas de Sagitário e pelo centro da Via Láctea que, por serem muito povoados de estrelas, podem esconder o ex-planeta. E você, consegue vê-lo nessa foto?
Ele está bem no centro, marcado por dois pequenos riscos (um vertical e outro horizontal). Achou?

Os astrônomos só conseguiram identificá-lo por ele estar atravessando uma nebulosa escura, a Banard 92, que o destacou dos demais astros.
A paisagem que preenche o resto da fotografia é o aglomerado de estrelas de Sagitário. [Nasa]

Fonte: http://hypescience.com/foto-incrivel-onde-esta-plutao/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29&utm_content=Yahoo%21+Mail

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Os mistérios das Lagoas do Sul

Vista lagoa dos Barros

Ainda não é possível dizer que temos um Lago Ness no Brasil, mas as lagoas do litoral do Rio Grande do Sul estão repletas de histórias de fantasmas, aparições e sons inexplicáveis.
Houve uma época em que dificilmente alguém passava perto da Lagoa dos Barros, no litoral norte do Rio Grande do Sul, sem ouvir comentários sobre o monstro da lagoa, ou moradores locais se referirem a ela como a lagoa encantada. As histórias talvez fossem exageradas, para assustar ou deslumbrar as crianças, mas a verdade é que nenhum pescador se aventurava até o centro da lagoa com medo de jamais retornar vivo.
A pequena estrada que serpenteava pela margem dos inúmeros lagos existentes na região, ligando Porto Alegre a Osório e ao litoral, criava um clima ideal para que histórias semelhantes nascessem e florescessem, e o aspecto desolado do local não era menos propício, com poucas casas de pescadores, uma vegetação rasteira e ventos soprando sem parar. A construção da Freeway — a grande estrada que facilitou a viagem dos veranistas e que faz parte da BR 101, estendendo-se por todo o litoral brasileiro — aproximou os viajantes ainda mais da lagoa, mas também significou o fim das lendas, espantando tanto os monstros e fantasmas quanto a esparsa população local.
Hoje, a região dos lagos é um ponto turístico bastante procurado, com excelentes passeios de barco, uma vez que todas as lagoas estão interligadas. Partindo das proximidades da cidade de Osório até a lagoa Itapeva, já quase em Santa Catarina, a orla marítima do Rio Grande do Sul está interligada por uma rede de lagoas com cerca de 140 quilômetros de extensão, através de canais mais ou menos extensos e navegáveis. Mas as lendas, ou histórias verídicas, como querem os habitantes locais, têm o estranho costume de persistir, apesar do progresso.
O monstro que se acreditava existir na Lagoa dos Barros nunca foi visto, isso é verdade — aliás, pesquisadores disseram que seria muito improvável alguma criatura de grandes proporções existir no local pois, ao contrário do Lago Ness, na Escócia, famoso pelas histórias sobre o monstro Nelly (que já foi até `fotografado'), as lagoas da região são pouco profundas — mas os pesquisadores entendem que as histórias podem ter sua origem nos ventos que assolam a região, em algumas ocasiões fortes o bastante para virar embarcações de porte. Quem já passou pela estrada que margeia as águas deve ter tido uma boa idéia do que o vento é capaz de fazer com um carro. Segundo dizem, as correntes de ar formam um redemoinho no centro da Lagoa dos Barros e a navegação tem de ser feita com muito cuidado. É fato conhecido que, em 1947, um acidente na Lagoa da Pinguela, matou 18 pessoas quando o rebocador Bento Gonçalves — com 15 metros de comprimento e 12 toneladas — naufragou devido aos ventos fortes. Existem até relatos de um rolo de água que se elevaria no centro da lagoa, atingindo altura considerável e fazendo muito barulho — daí o monstro.
Cidade Submersa
Para a folclorista Salma Souza, a raiz de todas as histórias macabras sobre a região está num famoso assassinato que movimentou Porto Alegre em 1940, quando o noivo da jovem Maria Luiza matou-a e jogou seu corpo na lagoa amarrado a uma pedra. Os moradores da região afirmam que, pouco depois, foram encontradas pérolas no local. A pesquisadora diz que aquele era um lugar de descanso para carretas que iam a Porto Alegre, e que as histórias devem ter surgido no meio dos caminhoneiros, espalhando-se lentamente pela região, acrescidas de detalhes macabros e fantasmagóricos.
No entanto, os relatos sobre fantasmas e criaturas estranhas vêm de um tempo bem anterior. Sabe-se que a região já estava ocupada antes de 1773, pois era um ponto estratégico para se proteger as fronteiras da província e para criar gado. Contos fantásticos, de data e origem desconhecida, falam sobre ninfas deslizando pelas lagoas, montadas em corcéis brancos carregados pelo vento. Outra lenda bem persistente, segundo o historiador Guido Muri, refere-se à suposta existência de uma cidade submersa no centro da Lagoa dos Barros. Em tempos de estiagem seria possível ver o topo dos prédios mais altos e, em algumas ocasiões, ouvir o sino da igreja tocando. Não se tem qualquer notícia da existência de uma cidade do gênero nas proximidades, quanto mais em meio às águas. Sabe-se que as lagoas foram formadas há cerca de 5 mil anos, de modo que qualquer construção dentro da lagoa teria de ser anterior a essa época.
Os cientistas não vêem qualquer motivo para tantas histórias, mas os pescadores da região não concordam. Alguns dos relatos mais estranhos — e que certamente nada têm a ver com crimes do passado —, referem-se ao comportamento das embarcações que tentam atravessar a lagoa. Proprietários de barcos, acostumados com os ventos e as dificuldades de cruzar o local, dizem que é possível navegar com certa facilidade até certo ponto, quando os motores param de funcionar, e só podem ser acionados de novo perto da margem. Muitos associam isso ao que acontece com o motor dos automóveis durante a aparição de OVNIs, ainda que não se tenha notícia de qualquer investigação mais profunda nesse sentido. Até onde se sabe, as lendas e mitos são tratados como tais, e simplesmente deixados de lado.
O litoral norte do Rio Grande do Sul, incluindo a região das lagoas, não é conhecido pelos avistamentos de OVNIs. É verdade que, nos anos 60, um OVNI que aterrissou na praia de um dos balneários mais conhecidos do estado, em frente à sede social de um clube. Dezenas de pessoas testemunharam o fato e marcas de queimadura foram encontradas na areia, mas, fora isso, tal fenômeno não costuma acontecer na região. Por outro lado, muitos falam de uma embracação fortemente iluminada que, a altas horas da noite, cruza a Lagoa dos Barros em todos os sentidos.
Fantasmas
Algumas lagoas da região, como a da Pinguela, foram reduto de escravos africanos e seus descendentes, aos quais se atribuem muitas histórias, algumas envolvendo os próprios escravos.
O pesquisador Dante de Laytano referiu-se a um acontecimento na Lagoa Negra, próxima à da Pinguela. Fugindo dos maus tratos do patrão, um escravo escondeu-se numa mata próxima à lagoa e acabou se enforcando numa árvore. Suicídio ou não o fato é que, depois disso, várias testemunhas observaram luzes percorrendo as matas e as águas. Canoas brancas também são vistas navegando em vários sentidos, como se a perseguição ao fugitivo se repetisse eternamente.
As pessoas falam de uma aparição que surge em algumas ocasiões, chorando, gritando ou simplesmente cantando, como se mudasse de humor conforme o dia. É um tipo de acontecimento que, no mínimo, está de acordo com o que pesquisadores já verificaram nas casas assombradas: os espíritos repetem constantemente as ações que levaram a um determinado acontecimento trágico.
A Lagoa da Pinguela também é palco de estranhos acontecimentos relacionados a escravos. Em 1835, quando se iniciava a Revolução Farroupilha, proprietários de terra, temendo perder tudo o que possuíam, mandaram dois escravos esconder seu ouro — mas a canoa em que a fortuna era transportada naufragou. Logo surgiram histórias sobre fantasmas, que podem ser vistos em dias claros deslizando pela lagoa. Os relatos sobre bolas de fogo também eram constantes na região — bolas que se deslocariam sobre a lagoa rumo a uma ilha próxima ao local do naufrágio. As bolas luminosas geralmente estão associadas a um fenômeno conhecido como fogo fátuo, bastante comum no Rio Grande do Sul e diretamente associado à lenda do boitatá. Isso poderia até mesmo explicar a existência das misteriosas luzes, apesar das lagoas não estarem numa região pantanosa, mais propícia para o fogo fátuo.
A Mulher de Branco
Outra história que surge nas lagoas da Pinguela e dos Barros tem ligação com o já citado assassinato de Maria Luiza. Dois moradores da região afirmaram ter encontrado uma mulher de branco à noite, perto da lagoa. Quando foram em sua direção, um vento fortíssimo começou a sacudir as árvores, chegando a arrancar pedaços do solo. De repente, a figura sumiu sem deixar nenhum vestígio. Outra história sobre a mulher de branco surgiu em 1958, quando dois caminhoneiros a viram andando na beira da estrada que margeava a Lagoa dos Barros, à noite. Estranhando encontrar uma mulher sozinha naquela hora — fato ainda mais incomum se levarmos em consideração a época em que ocorreu — eles pararam para investigar, mas a figura desapareceu. As histórias sobre visões da mulher de branco continuam se repetindo até hoje, às vezes assustando muito as pessoas
A Lagoa dos Barros também tem histórias sobre um barco, todo iluminado, que surge do nada nas noites mais escuras, e sobre a estranha aparição de dois misteriosos padres nas margens da lagoa. Essas lendas são bastante conhecidas pelos habitantes da região e visitantes mais assíduos, mas jamais receberam a devida atenção de quem investiga o paranormal. Mesmo que realmente não passem de meras lendas, a pesquisa seria, no mínimo, uma emocionante aventura em um dos lugares mais interessantes do Brasil.
Nota: nossa participação nesta matéria foi apenas a cessão das fotos para a publicação. Apesar de as lendas aqui comentadas serem de conhecimento geral na região, a publicação da matéria nesta página não implica em crença ou apoio. Por outro lado, comentando sobre esta matéria na região, eu soube que bem próximo ao Pinguela Parque ainda há restos de ruínas de uma grande casa em cujo sub-solo havia uma senzala. Um morador da região conta que há vários anos levou até lá um detector de metais que indicou a presença de metal sob um compartimento estanque de pedra em um canto das ruínas. Escavando, encontraram uma panela muito grande e de boca para baixo, com um furo no fundo. Nada havia na panela. Contam também que a tal lenda do ouro no fundo da lagoa seria de propriedade do senhor da senzala que teria mandado buscar jóias em Osório, em canoa que naufragou.
http://www.embramic.com.br/pinguela/lendas/lendas.htm


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